Entrevista com

MAURA LÍGIA COSTA RUSSO

SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE PRAIA GRANDE

Por Artarxerxes Modesto e Ocirema Brandão


 

Foto: Arquivo/Revela
Da Esquerda para a Direita: Professor Artarxerxes (FALS/Revela), Secretária Maura Lígia (SEDUC-PG), Professora Ocirema(FALS/Pedagogia)

 

REVELA – Quem é Maura Lígia Costa Russo?

 

ML: Sou professora da rede, ingressei na Prefeitura em 1980, como professora de Educação Infantil.  Na época já havia cursado Pedagogia e fazia especialização na área de Deficiência Mental. Três anos depois de assumir a sala de aula, fui convidada a assumir a Assessoria Técnica da Secretaria (de Educação).

 

Desde então não voltei mais para a sala de aula. Foram surgindo oportunidades, como assumir a Chefia de Divisão Pedagógica da Secretaria, época em que o atual prefeito Mourão era Secretário de Educação.

 

Ainda nesta mesma gestão fui pra área da Saúde, atuando como pedagoga na reabilitação dos portadores de necessidades especiais. Lá fiquei até o final de 1992. Em 1993 assumi o Departamento de Educação, ficando então por oito anos. Logo em seguida fui convidada para a Secretaria, e estou no oitavo ano como Secretária de Educação.

 

REVELA: Então juntando o tempo em que atuou como Secretária de Educação com o tempo de Departamento...

 

ML: 28 anos como profissional de carreira, da rede, com muito orgulho.

 

REVELA: Acompanhando as grandes transformações por que passaram a cidade de perto...

 

ML: Tenho bastante orgulho disso... De ter participado dessa transformação, de ter vivenciado isso. É muito bom.

 

REVELA: Como a senhora se sente à frente dessa Secretaria há tantos anos, quais foram os desafios e conquistas nessa trajetória de sucesso?

 

ML: Os desafios são diários. Você lida com pessoas. É difícil fazer com que pessoas se comprometam da mesma forma como você é comprometida. Então é uma batalha diária.

Mas é absurdamente gratificante porque não vemos resultados imediatos, vemos resultados no transcorrer do tempo.

 

É onde você se fortalece, para ter a certeza de que está no caminho certo. Nós lidamos com o maior número de funcionários da Prefeitura. Hoje, de quase oito mil funcionários da Prefeitura, nós temos cinco mil só na Secretaria de Educação. Podemos dizer que 60% dos funcionários públicos da cidade são lotados na Educação.

 

Hoje nós temos 58 escolas. E a preocupação de fazer com que estas 58 escolas funcionem dentro da mesma política de trabalho não é fácil. Por mais que você envolva todas as pessoas em torno daquilo que acreditamos, cada um age de acordo com suas próprias convicções. No seu ambiente de trabalho agimos de acordo com o que entendemos ser o melhor.

 

Algumas vezes a gente se surpreende de uma forma negativa, outras vezes – graças a Deus a grande maioria – a gente se orgulha dos resultados.

 

São desafios. É algo extremamente rico. Estar aqui para mim foi uma grande lição. Eu jamais almejei sentar nesta cadeira de Secretária de Educação: eu gosto de bastidores, de arregaçar as mangas, de por a mão na massa. Eu não gosto de ficar de vitrine, mas a oportunidade surgiu, e em benefício de uma equipe de trabalho que já trabalhava junto desde 1993, eu não podia deixar essa oportunidade passar porque outra pessoa poderia vir, e não tendo esse envolvimento com o trabalho que já estava acontecendo, poria a perder tudo isso.  Com essa preocupação, eu assumi, com muita cautela, mas graças a Deus temos tido bastantes resultados.

 

REVELA: Quantas escolas havia quando a senhora assumiu a Secretaria?

 

ML: 22 escolas. Hoje estamos com 58 escolas. E ainda temos três ou quatro para serem entregues até o final do governo.

 

REVELA: É realmente um desafio diário, pois o contingente só aumenta...

 

ML: A população aumenta ano a ano. É necessário correr contra o tempo para esse atendimento porque essa é uma cidade que cresce absurdamente, numa média de 2000 alunos novos por ano.

 

Isso corresponde a pelo menos duas novas escolas por ano. Graças a Deus nós conseguimos absorver os alunos de primeiro ao quinto ano da rede pública. E nós temos ainda um grande desafio na Educação Infantil, na faixa etária de 0 a 3 anos que estão nas creches.

 

O número de alunos é muito grande, e por mais que já se já tenha construído quase quarenta escolas não se consegue universalizar esse atendimento. Nós estamos correndo contra o tempo para que consigamos. 

 

Nossa média de alunos em uma escola com quatorze salas de aula, que é o padrão de construção, está entre 1100 e 1200 alunos...

 

REVELA: Uma vez construídas essas escolas, como é que se fazem as contratações? Há professores de prontidão, no aguardo?

 

ML: Sim, a gente se organiza, há concursos para isso. Professores ficam aguardando a chamada, ou mesmo acontece o processo seletivo, com contratos temporários.

 

REVELA: Qual o maior feito da Secretaria que lhe causou o maior orgulho?

 

ML: Eu tenho muito orgulho da criação da função gratificada de Pedagogo Comunitário.  O nosso grande desafio hoje é aproximar a família da escola, pois esta é muito distante do processo escolar.

 

Cada vez mais a Escola chama para si a função de educar, quando esta é uma função primária da família: à escola cabe a função de ensinar.

 

O Diretor, pelo excesso de atribuições, não conseguia lidar com isso. Nós percebemos a ausência da família através das reuniões de pais e mestres, em que apenas meia dúzia de pais comparecia. Os problemas iam se avolumando, e nós fomos investigando o problema, no sentido de questionar como nós poderíamos resolver essa questão. A família tem que se comprometer, pois ela tem um papel importante, fundamental.  Foi aí que surgiu a idéia de um profissional que pudesse estar especificamente trabalhando essa área. Sua primeira função foi estabelecer um perfil da comunidade.

 

Apesar de as escolas estarem hoje padronizadas, localizam-se em lugares distintos, e as comunidades a que atendem são diferentes. Então esse profissional teve o papel de levantar o perfil desta comunidade, quais eram suas carências, necessidades, e a partir daí tentar fazer com que a escola desenvolvesse atividades que trouxessem a família para participar do processo escolar das crianças. Com a participação da família, o trabalho da escola começa a ser valorizado. E começaria a acompanhar melhor o processo escolar do aluno.

 

Temos conseguido resultados interessantes, mas ainda se tem muito a fazer. E esses resultados já obtidos são, para mim, um grande orgulho.

 

Nós temos necessidade de ter esse agente porque lidamos com uma comunidade muito carente. As pessoas precisam de informação, carecem de orientação. As Pedagogas Comunitárias se dispõem a suprir essas lacunas, promovendo palestras, cursos, atividades dentro da escola no sentido de tentar atenuar essa situação e fazer com que a família tenha uma participação mais efetiva na formação e na educação da criança. Tem sido bastante interessante, e eu tenho bastante orgulho.

 

REVELA: Há quantos anos esse sistema foi implantado?

 

ML: Há três anos. Foi uma iniciativa tomada a partir de uma idéia que o jornalista Gilberto Dimenstein nos trouxe em uma visita que fez a Praia Grande. Eu coloquei essa problemática para ele. Ele já vinha trabalhando muito a questão do Agente Comunitário. Ele me disse: “você chama como achar melhor, mas é necessário que a escola tenha um profissional preocupado com essa questão”.

 

Temos muitos professores que estão há muito tempo na mesma unidade escolar, e eles já conhecem a comunidade. Nós fizemos uma eleição. A escola foi quem elegeu o Pedagogo Comunitário. Eles passaram por um processo de capacitação, pelo (programa) “Escola Aprendiz”, num período de seis meses e começaram a atuar no ano seguinte. Eles já estão em atuação há três anos.

 

REVELA: Então eles foram escolhidos porque já tinham vínculo com a comunidade...

 

ML: Sim. A comunidade recebe muito bem esse profissional: ele tem a facilidade de se aproximar, tem acesso. Entra aí aquela preocupação de ir à casa da família.

À vezes não temos uma resposta do porquê o aluno tem um comportamento inadequado, um fracasso escolar. Com a ida do profissional à casa dele, conseguimos perceber claramente o que acontece. Às vezes é uma família totalmente desestruturada.

 

A grande maioria dos casos que nós tínhamos era assim. Fizemos essa pesquisa porque o índice de retenção era muito grande. A pesquisa foi feita com esses alunos que foram retidos anos consecutivos e procuramos os motivos.

 

São alunos em que a família é distante do processo escolar. Não se tem a preocupação de saber como o aluno se saiu na escola, o que aprendeu, o que fez, orientar a lição...  Eles não têm esse estímulo e acabam não correspondendo com um bom resultado.

 

Daí a importância do Pedagogo Comunitário ir até à casa desse aluno, de sentir o que acontece. Ele começa a ter respostas. Começa a trabalhar esse aluno, envolvendo com atividades de esportes, tirando um pouco da rua. É quando entram os programas voltados à cultura e ao esporte de que dispomos.

 

REVELA: Então o Pedagogo Comunitário colhe elementos e trabalha o aluno segundo as suas próprias necessidades?

 

ML: Isso mesmo. Nós já tivemos muitas ações que nos causaram orgulho, mas o Pedagogo Comunitário é uma sementinha que está começando a dar frutos, e esses poucos frutos que já colhemos foram grandiosos.

 

REVELA: É interessante que essa ação vai ao encontro das idéias de Paulo Freire, que é justamente aproximar a comunidade da escola, das tendências sócio-interacionistas, sócio- interacionistas e construtivistas, mas também de um educador brasileiro que se destacou porque tinha um sonho, e a gente está vendo aqui, na cidade de Praia Grande, parte desse sonho concretizado.

 

ML: É verdade.

 

 

REVELA: Quais os desafios da cidade na área educacional para os próximos anos?

 

ML: O maior desafio é a continuidade do investimento para a construção de unidades para a Educação Infantil. Principalmente no que se refere às Creches. É uma preocupação, pois nós ainda não conseguimos universalizar, mas é a nossa intenção fazê-lo.

 

Para se ter uma idéia, nós tínhamos 4000 crianças aguardando vagas quando eu assumi em 2001. De cerca de 800 crianças que nós tínhamos na faixa etária de 0 a 3 anos, hoje nós temos em torno de 5000.

 

Eu atendi todos aquelas que estavam aguardando, mas ainda há 4000 aguardando. Então esse é o grande desafio. Conseguir sanar, oferecer esse atendimento, universalizando a Creche para essa faixa etária. A Creche geralmente atende crianças de 0 a 3 anos, mas nós oferecemos período integral para crianças de 0 a 6.

A grande demanda está na faixa etária entre 2 e 3 anos. A grande maioria dos pais trabalha e não tem onde deixar as crianças. Então a Creche é realmente um grande desafio para nós.

 

Há algumas propostas de construção em alguns bairros, pois tudo é mapeado, é feito um estudo sobre o local, onde temos a maior lista de espera, se determinado bairro está carecendo de mais uma unidade. Mas existem os limites de orçamento, então caminhamos na medida que é possível.

 

REVELA: É interessante ouvi-la, Secretária, pois quem não está por dentro dessa dinâmica do dia-a-dia, tem a percepção de que tudo está pronto... Vemos unidades surgirem, sendo construídas aqui e ali, concurso, pedagogos comunitários, mas é um grande desafio...

 

ML: É... Contínuo.

 

REVELA: Quais são as principais ações e preocupações da Secretaria de Educação para a capacitação do professor?

 

ML: A capacitação do professor é a nossa grande preocupação. Nós conseguimos oferecer o curso de Pedagogia através do programa “Pedagogia Cidadã” da UNESP. Apenas uma média de 50% dos professores tinha Ensino Superior. A primeira ação de nossa parte foi oportunizar aos outros 50% o curso de Pedagogia. Só não se interessaram realmente aquelas pessoas que estavam prestes a se aposentar. Hoje nós temos apenas 5% de professores que não possuem o Ensino Superior. Essa foi a primeira preocupação que nós tivemos na questão da formação. Daí por diante, a partir da realização do concurso seguinte, haveria a exigência do Curso Superior.

 

E há formações constantes. Nós temos a Semana de Educação, que é um momento dedicado ao professor. Nós procuramos trazer os melhores palestrantes, aqueles que estão em evidência, para fazer essa formação com o professor. Existem também as reuniões de Orientação Pedagógica.

 

Hoje, através do Plano de Carreira que foi constituído, nós temos a Hora de Trabalho Pedagógico que não tínhamos. O Diretor sentia muita falta desse momento onde ele poderia reunir todo mundo para trabalhar a proposta político-pedagógico da escola.

 

Essa ação permitiu que as Propostas Pedagógicas deixassem de sair de dentro da Secretaria de Educação. Nós passamos a responsabilizar cada escola, que ela pudesse ter um olhar voltado para sua comunidade: quais objetivos você quer atingir em determinado ano, o que você quer atingir como proposta pedagógica, e nisso ela envolve desde os funcionários da limpeza até o Diretor. Todo mundo se envolve até pessoas da comunidade.

 

A Escola tem um momento para fazer apresentação do Projeto Político Pedagógico, através de uma mostra de trabalho, quando se faz um repasse dos alcances daquilo que se programou.

 

Hoje nós também pensamos em retomar a idéia de uma Escola de Formação. Há muita proposta que chega, tanto em nível de Governo Federal quanto de Governo Estadual, com programas de capacitação, e a gente acaba não tendo a disponibilidade de estar abraçando todos. Entendemos que seria importantíssimo poder aproveitar, abraçar a todos.

 

Mas para isso seria necessário ter um espaço específico fora da Secretaria, que ficou aparentemente enorme, mas hoje já está pequena para atender a tudo. A Escola de Formação receberia esses cursos e poderíamos expandir a capacitação dos professores, pois para nós é o ponto fundamental.

 

Hoje nós temos uma discussão através da Residência Pedagógica com as Universidades, porque a gente começou a sentir o Professor despreparado, principalmente ao sair do curso e se deparar com a realidade de uma escola pública. Havia uma dificuldade muito grande com essa questão, muitas pessoas começaram a desistir, porque a diversidade da escola pública é grande e evidente. Se as pessoas não têm esse conhecimento e esse preparo elas se perdem. Por inexperiência, há o desespero, e acabam desistindo. O que nós pretendemos é receber esses alunos dos cursos de Pedagogia, permitindo que a escola possa recebê-los de uma forma diferente, para que eles tenham um contato e um convívio com a rotina de escola pública, quais são suas dificuldades e seus anseios. E a partir daí ele vai tomar a decisão se é isso que ele quer para si ou não.

 

REVELA: Nossos alunos da FALS têm uma relação estreita com a Prefeitura de Praia Grande devido às horas de contrapartida. E os alunos de Pedagogia demonstram um interesse muito grande em cumprir essas horas. Eles querem propostas, querem saber onde e como podem contribuir ou ajudar. Há algum projeto social em que eles poderiam se engajar?

 

ML: Acredito que essa questão estaria mais voltada à área da Promoção Social. Eu considero que seria muito interessante essa interação porque eles têm muitos programas, como Bombeiros, PET ( Programa de Erradicação do Trabalho Infantil), entre outros. Eles têm muitas ações que dariam perfeitamente para inserir os alunos e estes terem, como contrapartida, as horas de estágio que eles precisam cumprir.

 

Nós somos parceiros deles (SPS). Nós temos professores voltados a alguns desses programas. Há professores no programa da Brinquedoteca, que trabalha com crianças portadoras de necessidades especiais que não estão na escola. Há um espaço dentro de uma escola com uma brinquedista que faz esse trabalho com as crianças. São várias ações que a Promoção Social tem com professores da rede. Acredito que é o momento de receber os alunos e eu acho que seria perfeito, tanto da parte deles como enriquecimento, como para o Programa.

 

REVELA: Como Secretária o que a senhora considera relevante num curso de Pedagogia uma vez que, em breve, a FALS colocará a primeira turma de pedagogos no mercado de trabalho local?

ML: Acredito que apenas pelo fato de termos conseguido instalar um curso de Pedagogia na cidade e ter dado oportunidade para as pessoas da cidade cursarem Pedagogia, já é motivo de orgulho pelo trabalho que fazemos frente à Secretaria da Educação. É um trabalho que a gente consegue transmitir para a comunidade. Sentimos isso na rua, quando há o contato com as pessoas; elas reconhecem esse trabalho. É extremamente gratificante, pois as pessoas têm como exemplo o que se entende por fazer Educação na cidade, e se tornam profissionais envolvidos e comprometidos com a função do ser professor.

A Pedagogia sempre foi vista como aquele curso que você faz e sai com uma profissão. Daí faz um concurso, e fica seguro e com a garantia do emprego. O que gostaríamos é que as pessoas estivessem realmente procurando o curso por um ideal. E não apenas por ser uma profissão em que terá sempre os seus vencimentos no final do mês.

Nós temos de estar na área por um ideal, por acreditar, por convicção. E o que a gente espera que o curso (de Pedagogia da FALS) consiga mostrar é exatamente isso, que não seja mascarada nenhuma situação irreal, do que é um dia-a-dia de um professor. O curso deve passar a mensagem de que a função de educar é árdua, sim, mas que é absurdamente gratificante, e que você consegue se realizar pelo fato de estar ali se doando para o seu próximo. Se o curso tiver esse perfil de poder, desde o primeiro ano, trabalhar a consciência da escolha que você fez, será maravilhoso.

É muito triste quando vemos profissionais desgostos frente a uma sala de aula. Há muitas outras profissões que a pessoa pode buscar. Não tem lógica, pois sem o ideal a pessoa está fazendo mal pra ela mesma, além de estar fazendo mal pra todo o grupo de convívio.

Espero muito que a FALS, por estar iniciando, consiga isso: fazer com que os futuros profissionais reflitam sobre o ato de educar, do porquê de eles estarem ali, qual é o futuro deles, o que eles esperam com a formação, com o curso. E principalmente ser muito claro com relação aquilo que é árduo, que não é muito fácil. E tem realmente muitos pontos negativos, mas não podemos deixar de mostrar os positivos.

Se o curso conseguir pôr no mercado de trabalho profissionais conscientes da importância do comprometimento e do ideal de Educação, seria fantástico. As dificuldades te provocam a discutir, debater com o grupo, estudar e pesquisar.  Isso traz crescimento pessoal.

É verdade que o curso em si não consegue dar tudo na formação, e por isso a preocupação dos governos em investir muito na questão da capacitação: ela é permanente e constante dentro de qualquer profissão.

REVELA: Qual a maior qualidade de um educador?

ML: O comprometimento. Eu acho que comprometimento é tudo. E amar o que faz. São pontos imprescindíveis porque você faz bem feito porque ama o que faz, e também por ser comprometido. Eu sempre trabalhei essa questão de amar aquilo que você faz. Todos nós somos importantes para o processo escolar, desde o servente até o gestor.

Você deve amar o que faz e estar ali sabendo que não está fazendo para agradar o prefeito ou a Secretária de Educação, você está fazendo em prol de uma criança. Você tem que fazer pensando nela, o fruto de nosso trabalho. Nosso objetivo maior é esse. Então você tem que amar. Não seja infeliz ao lado de uma criança, porque você vai causar prejuízo não só pra você, mas pra vida desta criança também.

REVELA. Qual o erro que não pode ser cometido (por educadores)?

ML: Um problema muito sério que nós temos hoje é a questão da assiduidade. O descompromisso. Hoje é imenso o número de faltas. Eu considero que quando você assume um compromisso, teria que zelar por esse compromisso.

Claro que as pessoas têm direitos, inclusive a ficar doente, mas o número de ausências que a gente tem é um número muito grande, que atrapalha todo esse processo.

REVELA: Em uma palavra, Educação é...

ML: Amor.

REVELA: Em nome da comunidade acadêmica da FALS, nós agradecemos a possibilidade de ter dispensando para nós um momento tão inspirador. Desejamos à senhora parabéns e muito sucesso.

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